Premio da Bohemia

terça-feira, 25 de agosto de 2009

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Sempre fui um Bohemio,
já ganhei até um premio dessa tal de bohemia,
ela acha que eu sou o tal, que eu bebo o dia inteiro,
e sou o primeiro malandro do carnaval,
mal sabe ela coitada, que minha vida é uma desgraça,
chego em casa até apanho da patroa, fico olhando
a folhinha bato punheta, que vergonha,
só por causa da cachaça!

Paulo Alvarenga

Louco feliz da vida

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Eu tive um sonho que eu rastejava no inferno,
tinha um diabo vestindo terno
e uma prostituta eu suponho,
mas sei que tinha chifres,
e era faminta a mulher,
me sucumbiu com teus desejos,
me esfolou rasgou a roupa
e fez demim o que bem quis,
quando acordei eu parecia,
o louco mais feliz.

Paulo Alvarenga

Encruzilhada

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Hoje fiz uma prece,
prece não um pedido,
coloquei flores na encruza,
acendi um pavio bem comprido,
e disse pra você voltar,
mas se o exú não responder,
volto lá pra pegar daquele cara a cachaça,
que eu vou me embreagar.
e arebentar a cabaça!

Paulo Alvarenga

Ilusão

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Cheguei rastejando como um cão sarnento,
pedindo desculpas,
e sussurrando meu amor,
cheguei e não sei se vou ficar,
mas sou feito de barro,
nas ruas frias escarro a vontade te amar.
então resolvas de pressa querida, pois esse louco homem cão,
não tem muito tempo de vida se ficar na ilusão!

Paulo Alvarenga

Cão

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Sou aquele cão vagabundo,
que me atirou porta fora,
sou o fiel bohêmio moribundo,
que não via a hora de chegar,
mas também sou aquele homem desgraçado,
que apenas soube te amar...

Paulo Alvarenga

Andarilho

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Ando pelos trilhos ainda mornos
em busca de aventura e desatino,
quero te encontrar no meu destino
antes que a noite perca o segredo,
antes que eu não tenha muito medo,
de estar de braço aberto pro começo,
antes que a lua se esconda de vergonha,
da minha inquietude em te achar.
antes que eu pare de sonhar.

Paulo Alvarenga